Pequenas doses da sociedade sorvidas por mulheres em uma mesa de bar. Sem moderação.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Um Sapo no Papo, Outro a Sete Palmos

Foto: Divulgação
A ligação era normal para a vida média de uma pessoa comum como eu. A casa tava uma bagunça, as roupas sujas entulhadas e a responsável pelos serviços gerais (mais conhecida por “empregada”) de cama com uma virose. Não tinha pra onde correr e também não dava pra ficar parada: Era preciso chamar alguém pra ajudar na limpeza da casa.

Pra vida média de pessoas comuns, ela era normal. Sem água encanada, comida diária e estudo. Lavava roupas, já com sessenta anos não o fazia bem. A mulher que pela estatura me fazia medo na infância, passando a ser razão dos meus conflitos nos em anos “anormais” de contestação.

Mazé tinha uma aspiração: retirar um sapo que dizia ter engolido há 18 anos quando dormia e acreditava estar vivo dentro dela. Pode ter sido comida estragada, ou o início de um ataque cardíaco; acontece que ela chegou do trabalho vomitando, suando frio e 48 horas depois mais uma Maria se foi. Essa foi Mazé, que engoliu muito sapo na vida e na morte.

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